Diario do Mercado, na 5ª feira, 17.06.2016
Ibovespa cedeu pela manhã, mas, avançou de tarde,
seguindo o comportamento dos índices de Nova York.
BMF Bovespa
O Ibovespa encerrou aos 49.411 pts, em alta de 1,02%, na máxima do dia, acumulando -0,02% na semana, +1,94% em junho, +13,98% no ano e -7,99% em 12 meses. Preliminarmente, o favorável giro financeiro da Bovespa foi de R$5,99 bilhões, acima da média de junho (até dia 14), em R$5,72 bilhões, mas, abaixo da média de maio, de R$ 6,62 bilhões.
O mercado à vista movimentou R$5,71 bilhões e o Ibovespa contabilizou R$4,92 bilhões. No dia 14 - último dado disponível, a Bovespa registrou retirada líquida de R$361,14 milhões de capital estrangeiro, com saldo positivo agora de R$669,1 bilhão em junho e de R$12,144 bilhões em 2016.
O índice doméstico abriu decaindo, com a percepção dos investidores que a aversão ao risco ainda não havia sido incorporada integralmente, talvez por conta dos vencimentos de índice futuro e de opções sobre o índice na véspera (quarta-feira, dia 15).
Após se aproximar dos 48 mil pts na primeira hora de negócios, foi se recuperando, firmando-se em campo positivo depois das 13h, denotando avanço mais efetivo na hora e meia final do pregão.
Em verdade, o índice brasileiro acompanhou, principalmente na parte da tarde, as movimentações do índice Dow Jones de Nova York – que encerrou praticamente em sua máxima do dia.
As principais bolsas da Europa recuaram. Os agentes seguiram precificando sobre os ativos uma possível saída do Reino Unido da União Europeia, através do referendo do próximo dia 23 de junho, mas, aparentemente, discriminando os efeitos em relação a cada mercado que poderá ser afetado.
O índice VIX (aversão ao risco) cedeu a 19,37 hoje, versus 20,14 de ontem, mas, acima do 14,64 da quinta-feira passada. Já o CDS Brasil 5 anos (CBIN) baixou levemente a 351 pts, ante 355 pts da véspera, mas superior ao 334 pts de uma semana atrás.
No índice, os destaques positivos ponderados foram:
ITUB4 (R$28,99; +1,83%; giro R$ 407 milhões);
BBDC4 (R$24,36; +1,5%; giro R$ 246 milhões);
ABEV3 (R$18,67; +1,03%; giro R$ 187 milhões);
EMBR3 (R$18,24; +4,95%; giro R$ 47 milhões);
ITSA4 (R$7,24; +2,26%; giro R$ 200 milhões);
CIEL3 (R$33,35; +1,83%; giro R$ 212 milhões);
CCRO3 (R$15,75; +3,96%; giro R$ 72 milhões);
PETR3 (R$10,77; +1,22%; giro R$ 124 milhões);
VALE3 (R$15,23; +1,53%; giro R$ 95 milhões);
EQTL3 (R$47,43; +2,77%; giro R$ 39 milhões);
No Brasil (vide agenda doméstica - pg.3), o IBC-Br (com ajuste sazonal) do Bacen, considerado uma prévia do PIB, variou +0,03% em abril, versus -0,36% em abril, mas abaixo do +0,28% estimado pelos agentes.
De toda a sorte, foi o primeiro dado mensal positivo desde dezembro de 2014. Na comparação com abril do ano passado, o indicador oscilou -4,99%, ante -6,40% mar-16/mar-15, menor do que o -4,50% esperado pelos analistas. O indicador passou a acumular -5,35% em 12 meses.
Câmbio e Juros Futuros
No mercado cambial, o dólar comercial interbancário fechou cotado a R$3,4640 (-0,20%), acumulando agora +1,14% na semana, -4,07% no mês, -12,55% no ano, mas, com elevação de +12,03 em 12 meses.
Dois momentos distintos no dia. Na primeira parte de negociação, até as 13h, operou em alta; mas, a partir daí até o fechamento, passou a oscilara em campo negativo, acompanhando as movimentações da aversão ao risco internacional.
No mercado de juros futuros, as taxas terminaram “de lado”, levando a curva da estrutura a termo da taxa de juros a se manter praticamente inalterada hoje. O comportamento foi reflexo do humor externo.